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Viseiras ou máscaras: diferenças, quais usar e como

A procura por novas formas de proteção contra o novo coronavírus tornou-se recorrente, normalmente com a utilização de viseiras ou máscaras. Mas cada uma possui diferentes especificidades e regras de utilização. 

Novas regras de circulação com viseiras ou máscaras

O governo português determinou o dever cívico, através do decreto lei 20/2020, do uso de máscaras ou viseiras, passando a ser obrigatório em ambientes públicos e transportes colectivos.

A reabertura de alguns serviços e atividades, a cada fase de desconfinamento, permite que mais pessoas possam circular pelas ruas. No entanto, sem nunca deixar de lado as medidas protectoras realizadas durante o período de confinamento.

Desta forma, para além da higienização das mãos, da etiqueta respiratória e do distanciamento social de pelo menos dois metros entre pessoas de diferentes grupos, a máscara e a viseira funcionam como uma protecção complementar contra a disseminação do Covid-19. Mas, afinal, quais são as diferenças entre viseiras e máscaras? Qual a melhor opção para se proteger do vírus: viseiras ou máscaras?

Viseiras: nível de protecção e cuidados

As viseiras são uma forma de proteção que, sem dúvida, oferecem ao utilizador mais conforto quando sai à rua. Protegem principalmente os olhos e o nariz contra gotículas directas de tosse ou espirro de outra pessoa, mas também de eventuais partículas sólidas.

São utilizadas em centros médicos para proteger os profissionais de saúde como proteção extra aos olhos, mas sempre em uso combinado com a máscara.

De material inquebrável, com fita regulável para a cabeça, a viseira protege, mas de forma parcial sendo, portanto, um objeto complementar à proteção. Isto porque as viseiras possuem abertura em baixo, o que faz com que a saída e entrada de gotículas durante o processo de inspiração possa acontecer.

As viseiras não conferem proteção contra os agentes biológicos, pois oferecem proteção às mucosas de olhos e nariz de gotículas que venham de frente. Mas, quando o ar é inspirado, o portador da viseira é exposto a aerossóis que circulam pelo ambiente em que se encontra. Ou seja, não oferecem proteção ao trato respiratório.

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Viseiras: como utilizar e higienizar

É muito importante lavar as mãos antes de colocar ou retirar a viseira. Para a colocar, segure a viseira pelos elásticos e coloque-a de cima para baixo, como se estivesse a colocar um capacete. No momento de retirar, faça o inverso: incline o tronco para que a viseira não entre em contacto com qualquer outra parte do corpo e retire- a, com as mãos nos elásticos, de baixo para cima. 

Como limpar a viseira

Os procedimentos de limpeza devem ser feitos sempre após cada utilização, ou quando sentir necessidade de realizar a higienização durante o dia.

A recomendação é a de utilizar água e sabão e um pano não abrasivo, lavando a viseira em água corrente. Depois deste procedimento, utilize papel absorvente para a secar.

Uma outra alternativa muito eficaz é a utilização de um borrifador com água e lixívia ou desinfectante. Pulverize a viseira em ambos os lados e deixe a solução agir por, pelo menos, dez minutos. Em seguida, seque-a com a ajuda de um papel absorvente e guarde-a em local seco e arejado.

Máscaras: diferentes tipos e cuidados a ter

As máscaras são uma opção certa para maior proteção do aparelho respiratório justamente por onde circula e se dissemina o vírus: gotículas de salivas ou muco que são expelidos pela boca ou nariz. Ao optar pela máscara, cria uma proteção bidireccional na medida em que, enquanto se protege, garante maior proteção também aos outros.

Mas é muito importante manter o distanciamento social, uma vez que as máscaras garantem um nível mínimo de filtração de 70% ao longo de 4 horas de uso. Pode optar por modelos descartáveis ou reutilizáveis.

Máscaras descartáveis

Os modelos descartáveis devem ser utilizados pelo período de até 4 horas e depois descartadas no lixo normal. As máscaras cirúrgicas costumavam ser utlizadas em ambientes hospitalares durante procedimentos cirúrgicos como forma de proteger o paciente e o profissional de saúde. 

Por causa da nova realidade estabelecida pelo novo coronavírus, as máscaras têm sido utilizadas largamente em locais públicos e ajudam a proteger. 

De acordo com a norma Europeia, as máscaras deste tipo precisam de cumprir pré-requisitos para a sua classificação em termos de eficiência em proteção: as do tipo 1 precisam de possuir eficácia acima dos 95%, as do tipo 2 de até 98% de filtração e as do tipo IR e IRR precisam de oferecer proteção contra salpicos. 

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Máscaras de proteção respiratória

As máscaras de proteção respiratória fazem parte dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), protegendo da inalação de aerossóis e gases, mas também de agentes infecciosos. 

São classificadas como FFP1, FFP2, FFP3, classificações essas que as distinguem quanto ao tipo de material filtrado e a percentagem dessa filtração. No caso da proteção contra o Covid-19, recomenda-se o uso da FFP2, também conhecida como N-95.

Estas máscaras são reutilizáveis e podem ser higienizadas após o período de uso e conservadas em local protegido. 

Máscaras caseiras de pano

Muitas pessoas têm optado pela utilização de máscaras caseiras, feitas de pano, que representam uma boa alternativa para evitar o descarte prejudicial ao meio ambiente.

As máscaras de pano, feitas com três camadas de tecido, podem ser lavadas após a utilização. Devem ser esfregadas e colocadas de molho por algumas horas e, depois de enxaguadas e secas, deve- se passar o ferro bem quente por cima. 

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Viseiras ou máscaras: funções diferentes

As viseiras protegem as mucosas e as máscaras protegem o sistema respiratório. Usar viseira sem máscara não é recomendado por especialistas. Alertas feitos pela Ordem dos Médicos e pelo Conselho de Escolas Médicas Portuguesas lembram que viseiras não devem ser oferecidas como uma alternativa ao uso das máscaras, mas sim como um complemento para a utilização das mesmas.

Para estas instituições, ao equiparar o uso de máscaras e viseiras, pode ser criado um ambiente mais vulnerável para a disseminação do vírus e, com isso, comprometer todo o avanço obtido no país. A viseira, para além de não proteger totalmente quem a usa, deixa desprotegidas quaisquer pessoas que tenham contacto com uma pessoa possivelmente infetada com o Covid-19.  

Cuidados devem ser mantidos

Independente da sua escolha, viseiras ou máscaras não serão eficazes se forem utilizadas sem os outros cuidados para evitar o contágio.

Lave as mãos de forma criteriosa com bastante água e sabão em água corrente. Se estiver longe de fontes de água, o álcool gel é uma boa alternativa para a higienização. Mantenha o distanciamento social de dois metros por pessoa e evite aglomerações.

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